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terça-feira, 5 de julho de 2011

Dia 187: Repouso circunstancial

Eu nunca achei que ficar sem treinar fosse mais difícil que treinar.
Eu dei um nó incente no treino de segunda, terça feira fiz só um treininho numas trilhas de terra num parque aqui perto e o resto da semana foi chuva. E a agonia foi crescendo até que hoje eu consegui sair pra fazer 20 km na bike. Passei mal no meio do caminho, tava mal alimentado (burrice). Não quis fazer o treino de corrida depois - na verdade eu queria, mas não queria passar mal de novo.

O peso continua o mesmo, devo ter perdido um pouco de massa e ganho um pouco de gordura. Não faz mal, recuperar isso aí é mole.

Vou aumentar o volume dos treinos de bike essa semana pra fortalecer as pernas pra corrida. Na verdade eu tô sem idéias pra escrever alguma coisa interessante e estou enrolando até agora, mas é tudo verdade.



Destaque pro comentário do cidadão lá embaixo: "... há coisas que dão trabalho e mais nada". Genial.



Boa mesma é essa versão: http://video.mail.ru/mail/warsnake1966/877/876.html

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Dia 172: Oeste

Essa semana que passou foi difícil, parecia que todos os meus treinos eram ruins. Eu saía de casa sem vontade de correr, fiz distâncias menores em alguns dias, mas não larguei o osso. Corri de segunda a sexta com ou sem vontate, treinando mais a cabeça que o corpo. Eu me lembro do treino de 10 km que eu fiz na quarta, ou na terça, que marcou bastante. A cada minuto que passava o lado preguiçoso do meu cérebro dizia "para, dá uma descansada", "seu corpo tá cansado, você não vai ter o mesmo rendimento dos outros treinos", "ninguém tá vendo"...
Mas não é bem assim que funciona. Aproveitei o momento que eu estva na merda pra provar pra mim que eu consigo vencer aquilo. E realmente, a cada minuto que passava minha cabeça pedia pra parar, e eu tinha a sensação de cansaço no corpo inteiro. Mas eu sabia que ele podia aguentar mais alguns km, o problema estava na minha cabeça. E eu não dou o braço a torcer pra cabeça. Porque perder pro corpo é sensatez, mas perder pra cabeça é sem vergonhice. E naquele dia eu fechei 10 km em 49 minutos. Bem abaixo do meu melhor tempo (45'41"), mas o treino não era pra abaixar o tempo, e nem de longa distância, mas sim psicológico, e esse treino eu sei que eu cumpri.

Chegou o sábado e eu fiquei enfurnado em casa estudando uns circuitos, quando fui dormir senti aquela energia acumulada pedindo pra ir dar uma corrida.
No domingo eu saí pra correr no entardecer, não estava a fim de correr muito, mas "fui indo" pra ver no que dava. Saí de casa, cheguei na rodovia e consegui manter um pace bem legal, sentia que estava com um tempo bom. Meu corpo não cansava, eu não senti nenhuma dor durante o treino, não tive que mudar miha respiração nem uma vez pra corrigir aquele "ar na cortela". Estava indo tão bem qu decidi fazer os 10 km. Não, 10 km em 45 min.
Passei a semana inteira treinando no duro, sem conseguir um tempo bom, domingo eu ia dar o troco.
Entrei na marginal depois dos 3 km e segui correndo até que cruzo com um grupo de uns 6 ou 7 guris que resolvem ir correndo junto comigo, e eu entro na brincadeira e digo "até o mercadinho, vamos ver que chega lá!", e um deles passa do meu lado correndo como se estivesse fugindo da onça e eu incentivo "vamos lá cara, até o mercadinho", aí eu acho que ele se ligou que não ia aguentar mais e foi ficando pra trás.

Dou risada e sigo em frente, a esta altura estava quase no mercadinho, onde faço a volta, quando olho pro céu e vejo umas nuvens rosas salpicadas num céu já escurecendo. Pensei comigo "que bonito", quando faço a volta e me deparo com um dourado esplendoroso num céu ainda nao tão escuro. Era o próprio pôr do sol. E enquando eu seguia de volta eu sentia que rumava em direçao ao oeste, parecia que o céu dourado e avermelhado estava de braços abertos pra mim, reconhecendo o quão duro foram os treinos da semana inteira e de alguma maneira me confortava de volta e me hipnotizava. Como é bom correr hipnotizado, vendo o dourado ser lentamente substituído por tons igualmente bonitos de um vermelho brilhante, que parecia pulsar no mesmo ritmo que a minha respiração.

Aquilo foi realmente bonito. Se tem uma coisa que eu gosto, é do por do sol. Eu gosto da palavra oeste, correr em direção ao oeste, e aquele treino foi realmente bom. Quando eu entro na cidade de novo eu percebo que meu tempo ainda estava dentro, e que eu continuava confortável. Rosolvo aumentar um pouco o pace, e mudo a meta. Queria agora quebrar a marca dos 45 min. E pela velocidade que as placas e os arbustos passavam por mim, eu percebia que estava correndo realmente rápido. Mais rápido que o normal. Entro nos 9 km com 40'40", e subo um pouco mais o ritmo. O negócio era quebrar os 45'. Faltando 100 metros eu dou o sprint, a parada era em um ponto de ônibus, e nem no sprint eu sentia desconforto. Treino raro.
Chego no ponto, paro o relógio e vejo 45'11". Está bom.

Peso os prós e os contras:

contras: não quebrei a marca dos 45'.

prós: eu bati meu prórpio tempo em mais de 30 s; corri extremamente confortável num ritmo mais forte que o costumeiro; me diverti com a piazada no meio do caminho; e corri contemplando um pôr do sol de tirar o fólego.

Tá ótimo. De longe foi o meu melhor treino. Eu sei que eu não teria corrido tão bem ontem se eu não tivesse treinado a semana inteira no sofrimento, e no final foi tudo compensado com uma ótima corrida e um ótimo tempo.

Pra fechar aqui um ótimo som com cara de pôr do sol, sugestão do Jeison:



Um abraço, Nicholas - 77,8

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Dia 161: O país do futebol

Desde que eu comecei a correr pra valer, poucos treinos foram tão penosos como o de hoje. E não foi nem por causa do volume e nem por causa do ritmo. Parece que meu corpo simplesmente não queria correr hoje. Por volta do 3º km comecei a sentir uma dor no pé, entre o calcanhar e o dedão, que me acompanhou pelos 9 km mais extensos que eu já corri. Espero que não seja um princípio de uma fascite plantar.

Por outro lado os outros treinos da semana foram muito bem. Agora estou correndo o km bem próximo dos 4'30". Fechei 10 km em 45:59 segunda e 45:46 na quarta. São alguns segundos a menos a cada km e alguns mg a mais de endorfina. Como é bão.

Essa semana estou treinando sem bike, por causa de um cidadão que enfiou o carro na minha frente - na minha preferencial -, e que por conta da frenagem entortou meu aro traseiro. A roda de trás travou e eu tive que jogar a bike de lado, derrapando tipo um "piá pansudo". A diferença é que eu estava a quase 40km/h. De qualquer forma, espero que não seja meu aro que tenha entortado.

Agora há pouco estava passando uma reportagem sobre a E3, uma feira de videogame, e eu me dei conta de que na minha infância, os que gostavam de jogos de futebol eram mais magros.

A verdade é que eu nunca achei graça nem no futebol e nem em jogos de videogame de futebol, e se tem uma coisa que eu não entendo é a estúpida associação direta de futebol com a palavra esporte. O futebol é um esporte, mas esporte não é futebol. O Brasil é uma país com um desempenho patético em olímpiadas por causa dessa idolatria ao futebol.

Se eu nunca me interessei por esporte quando criança, grande parcela dessa culpa é porque aqui somos obrigados a respirar o futebol. Assim como o carnaval, e o big brother. Só que carnaval e big brother é só no começo do ano. Eu só descobri que praticar um esporte é prazeroso, que ler sobre esporte é legal - porque assistir um programa de "esporte" na tv aberta e ver algo além de futebol é coisa rara - quando eu comecei a me informar sobre a corrida, sobre o ciclismo e consequentemente sobre o triatlon.

Meu problema não é com o futebol. É com o fato de atletas de tanto potencial e vontade serem ofuscados pelo futebol, e serem deixados de lado. Terem que implorar por um patrocínio miserável enquanto os patrocinadores brigam pra estampar seus nomes em camisas de times da série A.

Não sou nenhum pseudo intelectual "comunista", que assume as dores dos pobres coitados e clama por igualdade entre os esportes, mas deixar de investir nos atletas brasileiros é burrice. Atleta de verdade. Daqueles que acordam 4 horas da manhã pra treinar, ir pro trabalho e quando chega em casa calça um par de tênis e sai pra correr.
Daquelas que passam o fim de semana fazendo longas na corrida e no ciclismo e que durante a semana fazem um malabarismo pra arrumar horários e ir treinar. Atleta de verdade.

De qualquer forma, não cabe a mim ficar revoltado com a desigualdade social, a fome, a peste e a injustiça do mundo. Esse direito se reserva aos adolescentes e àqueles que assistem as olimpíadas na rede globo e se frustram com fato dos Estados Unidos ganharem mais medalhas que o Brasil, embora a seleção seja penta.

O Brasil não merece os atletas que tem, aqueles de verdade, e a estes, os quais adimiro profundamente, eu presto minha homenagem aqui.

E assim a gente continua sendo, obrigatóriamente, o país do samba, do Rio de Janeiro, do futebol e do Pelé; O país que tem um baralho inteiro no bolso mas que insiste em jogar com uma carta só.



Um abraço, Nicholas - 78,8

terça-feira, 31 de maio de 2011

Dia 151: Meu primeiro primeiro lugar

Eu fiquei em 23º lugar na corrida de sábado. Mas vamos começar pelo começo.

A corrida era as 16:00, cheguei no local um pouco antes pra pegar o número de peito, o chip e fui alongar. O clima estava legal, nem quente e nem frio, se bem que aquela hora do dia a temperatura começa a ficar mais amena, mas não ia ser problema, estou acostumado com o frio.

Estavam acontecendo três eventos naquele dia, uma caminhada, uma corrida de 5 km e a corrida de 10 km. A largada é em uma pista de atletismo que tem em
um parque aqui da cidade, bem bonito, sendo que a corrida de 10 se extenderia para a rua e as outras ficariam só dentro do parque.
Quando me posiciono pra largada, que era pra todas as modalidades, procuro ficar no meio. Não queria bancar o esperto e ficar na frente de todo mundo, mas acabei bancando o burro quando é dada a largada, afinal nem todo mundo estava correndo, e eu tive que contornar bastante gente que estava caminhando até me posicionar na parte externa da pista e me juntar ao pelotão que estava correndo na frente.

Subimos por uma ruazinha de terra, passamos por dentro de uma trilha - aparentemente curta - dentro do parque e logo estamos na rua. Sigo passando bastante gente, e me concentrando pra manter esse ritmo, não podia deixar a peteca cair. Mas quanto mais pessoas eu passava, menos elas se tornavam uma preocupação, e logo eu estava bem confiante.

O asfalto acaba e começa uma rua de terra, no segundo quilometro, e continuo seguindo morro abaixo enquanto me surpreendo com a velha impressão de como um caminho parece extenso quando o fazemos pela primeira vez. Aproveito pra abrir a passada na descida e ultrapassar dois caras, um de amarelo e um de cinza. A descida se prolonga por mais um km, e eu fiquei pensando que aquela era a parte mais difícil da prova, a diferença é que eu estava fazendo ela ao contrário.

Pouco antes de chegar nos 5 km e fazer a volta os dois caras que eu tinha passado - de amarelo e de cinza - me passam de novo e abrem uma distância. Tudo bem, eu resolvo isso depois. Voltando eu percebo um senhor que devia ter uns 50 anos anos correndo atrás de mim; agora eu tinha que me preocupar em passar os que tinham me passado e em não deixar ele me passar.
Em uma das subidas na volta eu vejo que um dos corredores a minha frente dá uma caminhada quando chega ao topo da rua antes de voltar a correr e eu penso "esse já era". Alguns minutos mais tarde eu já tinha passado ele.

Pouco antes de voltarmos pro asfalto eu passo os dois caras que tinham me passado, e aquele senhor continuava correndo forte atrás de mim. No asfalto eu percebo que ele sobe o ritmo, mas eu não ia deixar ele me passar de jeito nenhum. Houve o momento em que ele emparelhou comigo e que eu respondi forçando o ritmo e abrindo novamente a distância.

Voltamos à trilha que passa pela mata, e se na ida ela pareceu curta, agora ela parecia extremamente longa! Já tinhamos passado da placa que marcava 10 km, eram os últimos metros antes de voltarmos para a pista de dentro do parque e cruzarmos a linha de chegada. Na mata eu só conseguia ouvir a respiração daquele senhor que corria atrás de mim, e eu me empenhava em não deixar ele me passar. Saímos da mata, passo mais dois corredores, estava na reta final quando derrepente o senhor que corria atrás de mim dá um sprint e passa do meu lado a todo vapor. Eu tentei responder mas não aguentei, se forçasse mais eu ia acabar tendo que parar faltando 20 metros pra chegada. Olho pra trás e vejo que os dois que eu tinha passado já não podiam me alcançar, vou reduzindo o ritmo a medida que cruzo a linha de chegada com o tempo de 47:46 minutos. Fiquei surpreso com esse tempo, por conta da impressão que tive por correr num caminho desconhecido.

Quando cruzo a linha de chegada a única coisa que eu consegui fazer foi sentar pra recuperar o fôlego. Encontro com a minha família, e quando vou devolver o chip e o número de peito encontro com o senhor que tinha me passado e dou os parabéns pra ele, afinal foi realmente ispirador. Um sprint é um sprint e representa o máximo da vitória.

A surpresa mesmo veio quando eu olhei no site o resultado da prova: 23º lugar geral, 1º lugar da categoria. Fiquei feliz com aquilo. Se fosse uma competição maior - haviam 99 competidores na corrida de 10 Km - a coisa seria diferente, mas eu sei que eu fui bem e que o meu resultado foi consequência dos meus treinos.

Agora é treinar pra correr o km em 4:30.


Nessa imagem dá pra ver o cara que me passou (de bermuda vermelha, depois do cara de bermuda preta) eu atrás, de bermuda vermelha também, e os dois caras que eu tinha passado no final.


Aqui caindo aos pedaços.


E aqui com a família e o Weltman tirando a foto.

Um abraço a todos e até a próxima - Nicholas 79,8

domingo, 22 de maio de 2011

Dia 142: Os 20 Km e a corrida do século

Essa semana eu resolvi fazer um longa de 20 Km. Dessa vez foi bem melhor, comecei com uma volta de 12 Km e fiz outra de 8 Km.

Na primeira volta eu fiz um ritmo legal, mantive um pace de 5 min por Km, totalizando os primeiros 12 Km em 59 min. Em um trecho tinha uma mãe com o filinho andando de bicicleta na mesma rua que eu, o que me ajudou a manter um bom ritmo e não ficar pra trás - sim, eu compito secretamente com os outros.

Por falar em competição, eu me lembrei de outro dia em que eu estava entre uma descida e uma subida, e um senhor passa com sua barra circular ao meu lado na maior tranquilidade. Naquele momento começou a corrida que definiria as nossas vidas, era tudo ou nada, quem perdesse morria. O tiozão começa na vantagem, no embalo da descida, mas conforme a inclinação vai acentuando o jogo vai ficando mais justo. A rua fica plana por um instante, é a minha hora, a todo vapor. Uma lombada a frente, e ele começa a pedalar de pé pra não perder o embalo ao passar mas não! Infelizmente não foi dessa vez pra você, senhor anônimo.

E teve o dia que a menininha estava subindo a rampa de uma passarela, e como eu estava passando por ali eu me perguntei "porque não?". Naquele dia era eu de bicicleta, ela a pé e uma rampa com 85º de inclinação. Subida dura, relação pesada na catraca da bike, subo a primeira rampa empatado com ela, mas uma curva me coloca pra trás por conta de uma retomada lenta - lembre-se, pouco espaço, relação pesada e uma subida de 85º. A menininha me ultrapassa - correndo! - e eu me deparo com a reta final. É tudo ou nada, quem perder morre, o mundo depende de mim. Pedalo com força, jogo meu peso nos pedais, dou uma, duas, três puxadas violentas no guidão e o mundo está a salvo novamente. Não foi dessa vez menininha anônima.

Mas sem bobagem, esse fim de semana eu tenho uma corrida de verdade. Rústica de 10 Km, quero forçar bastante e baixar meu tempo nos 10 Km de 50 pra 45 minutos. Uma coisa interessante que eu aprendi no longa que eu fiz essa semana é a diferença que eu tenho no rendimento quando eu saio pra correr antes de pedalar e quando eu saio pra correr depois de pedalar.

Aí você me fala "Mas é claro que antes de pedalar você rende mais, seu burro", e eu te respondo "disso qualquer um sabe, o que eu não sabia era o QUANTO isso influenciava". A coisa mais idiota do mundo só passa a realmente fazer sentido quando você faz aquilo.

Nessa semana voi treinar bem forte, sempre com a corrida antes do ciclismo, e vamos ver o que vai dar na corrida dia 28.

Ah sim, a segunda volta (de 8 Km) do longa eu fiz em 48 min, mais devagar, é claro, pra terminar bem, fechando 20 Km em 1:47 min. (e pensar que os recordistas em maratona fariam isso em pouco mais que uma hora...).



Um abraço e até a próxima, Nicholas - 80

domingo, 15 de maio de 2011

Dia 135: Como é bom correr

Na última semana eu resolvi mudar o trajeto da minha corrida. Eu tirei 2 Km que eu corro por dentro da cidade e aumentei 4 Km que eu corro na marginal de uma rodovia. Que diiferença.
Correr dentro da cidade é um exercício de adaptação. A cada esquina você tem que olhar pros 4 cantos pra ver se não tem carro, desviar de pedra, buraco, mudar o tipo de passada por causa do terreno, respiração, ufa! Mais parece uma aula de dança.

Correr nessa marginal é uma delícia. Quase não vem carro (nesse caso eu corro na contramão), o asfalto não é esburacado, a única coisa que eu preciso fazer é olhar pra frente, acertar a passada e a respiração e relaxar a cabeça.
Tinha esquecido como é bom correr.

Claro que nem tudo são flores. Eu tenho estado estagnado no meu peso, mas eu já nem esquento a cabeça com isso, daqui a pouco ele volta a despencar. Eu fui numa nutricionista essa semana, ela me passou uma dieta e me disse que eu ainda tenho que perder 8 Kg de gordura, o que não é nada demais. 8 Kg são 5 Kg mais 3 Kg.
Entrar no esporte de cabeça mudou a maneira como eu enxergo um obstáculo. Eu já não penso mais se eu sou capaz, só penso em como eu vou fazer. Se eu sou capaz ou não eu descubro depois.

De qualquer forma, rumo aos 72 Kg, nem que seja grama por grama.

Ah sim, cortei o cabelo:


O som de hoje é uma banda chamada Irakere, um jazz cubano muito bom:

É... não achei no youtube, então se estiver curioso baixa o disco e escuta Sea Mail:
http://plixid.com/2010/05/27/irakere-%E2%80%93-cuba-libre-2010-mp3/

E o quebra galho de hoje é o Dizzy Gillespie (quebra galho?!):



Um abraço e até a próxima: Nicholas - 80

sábado, 23 de abril de 2011

Dia 112: Aumentando as distâncias

Quanto tempo! Semana passada não atualizei, tava sem saco, mas pelo menos eu tenho história pra contar.
Dia 14 eu resolvi ir mais longe de bike, fiz um treino de 30 km. Peguei a BR sentido Curitiba e fui, só não cheguei até lá porque são 25 km de ida e 25 km de volta, então eu não sabia se ia ter fôlego pra voltar num ritmo bom, se minha água ia durar, se minha bike ia aguentar, além de eu estar sem equipamento de proteção e de ter um posto de polícia no meio do caminho (pode chamar de bicicleteiro, eu mereço).
Mas a vontade era grande. Fui até uma parte, voltei, fiz uma volta costumeira que passa por dentro da cidade e completei com mais 8 km na corrida.
Dia 16 eu resolvi fazer um treino só de corrida, um longa distância. O intuito era fazer 20 km, mas a moral só deixou eu fazer 18, em 2:00 h. Tempo ruim, em duas horas dava pra fazer 20 tranquilamente. Mas tudo bem, nesse treino eu aprendi muita coisa. Eu saí da miha área de conforto e fui testar meu limite. Quem sabe essa semana eu não encare de novo um longa e feche 20 km.

Essa semana aconteceu uma coisa engraçada. Estava lá eu, encima da minha bike na BR quando avisto outro ciclista encima de uma speed - eu pedalo com uma mtb. A distância entre eu e ele estava reduzindo, a gente estava numa subida e eu estava pedalando que nem um louco pra passar o cara (pense eu, com a minha mtb passar um cara com uma speed!) quando o cara só dá uma olhadinha pra trás.
Adivinha.
Foi frustrante, ele simplesmente sumiu da minha vista. Eu pensei comigo "espera eu pegar uma speed pra você ver". Tudo bem, não foi dessa vez. Mas espera eu pegar minha speed.

Amanhã eu combinei de treinar com um amigo meu, ele costuma treinar curta distância, explosão. Vamos ver no que vai dar.

O som de hoje é massa. Mas antes, vejam esse vídeo e me digam se não dá vontade de sair pra treinar:



A tomada que vai de 0:37 até 1:08 é demais! E se eu não estou enganado, em 1:46 é a Chrissie Wellington passando. Em 2008 ela ficou 11 minutos parada na estrada por causa de um pneu furado, ver ela passando todo mundo que ultrapassou ela nesse meio tempo arrepia! Ela foi campeã do Ironman naquele ano.

Curtam aí o Santana:



Nicholas - 82,8