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terça-feira, 5 de julho de 2011

Dia 187: Repouso circunstancial

Eu nunca achei que ficar sem treinar fosse mais difícil que treinar.
Eu dei um nó incente no treino de segunda, terça feira fiz só um treininho numas trilhas de terra num parque aqui perto e o resto da semana foi chuva. E a agonia foi crescendo até que hoje eu consegui sair pra fazer 20 km na bike. Passei mal no meio do caminho, tava mal alimentado (burrice). Não quis fazer o treino de corrida depois - na verdade eu queria, mas não queria passar mal de novo.

O peso continua o mesmo, devo ter perdido um pouco de massa e ganho um pouco de gordura. Não faz mal, recuperar isso aí é mole.

Vou aumentar o volume dos treinos de bike essa semana pra fortalecer as pernas pra corrida. Na verdade eu tô sem idéias pra escrever alguma coisa interessante e estou enrolando até agora, mas é tudo verdade.



Destaque pro comentário do cidadão lá embaixo: "... há coisas que dão trabalho e mais nada". Genial.



Boa mesma é essa versão: http://video.mail.ru/mail/warsnake1966/877/876.html

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Dia 172: Oeste

Essa semana que passou foi difícil, parecia que todos os meus treinos eram ruins. Eu saía de casa sem vontade de correr, fiz distâncias menores em alguns dias, mas não larguei o osso. Corri de segunda a sexta com ou sem vontate, treinando mais a cabeça que o corpo. Eu me lembro do treino de 10 km que eu fiz na quarta, ou na terça, que marcou bastante. A cada minuto que passava o lado preguiçoso do meu cérebro dizia "para, dá uma descansada", "seu corpo tá cansado, você não vai ter o mesmo rendimento dos outros treinos", "ninguém tá vendo"...
Mas não é bem assim que funciona. Aproveitei o momento que eu estva na merda pra provar pra mim que eu consigo vencer aquilo. E realmente, a cada minuto que passava minha cabeça pedia pra parar, e eu tinha a sensação de cansaço no corpo inteiro. Mas eu sabia que ele podia aguentar mais alguns km, o problema estava na minha cabeça. E eu não dou o braço a torcer pra cabeça. Porque perder pro corpo é sensatez, mas perder pra cabeça é sem vergonhice. E naquele dia eu fechei 10 km em 49 minutos. Bem abaixo do meu melhor tempo (45'41"), mas o treino não era pra abaixar o tempo, e nem de longa distância, mas sim psicológico, e esse treino eu sei que eu cumpri.

Chegou o sábado e eu fiquei enfurnado em casa estudando uns circuitos, quando fui dormir senti aquela energia acumulada pedindo pra ir dar uma corrida.
No domingo eu saí pra correr no entardecer, não estava a fim de correr muito, mas "fui indo" pra ver no que dava. Saí de casa, cheguei na rodovia e consegui manter um pace bem legal, sentia que estava com um tempo bom. Meu corpo não cansava, eu não senti nenhuma dor durante o treino, não tive que mudar miha respiração nem uma vez pra corrigir aquele "ar na cortela". Estava indo tão bem qu decidi fazer os 10 km. Não, 10 km em 45 min.
Passei a semana inteira treinando no duro, sem conseguir um tempo bom, domingo eu ia dar o troco.
Entrei na marginal depois dos 3 km e segui correndo até que cruzo com um grupo de uns 6 ou 7 guris que resolvem ir correndo junto comigo, e eu entro na brincadeira e digo "até o mercadinho, vamos ver que chega lá!", e um deles passa do meu lado correndo como se estivesse fugindo da onça e eu incentivo "vamos lá cara, até o mercadinho", aí eu acho que ele se ligou que não ia aguentar mais e foi ficando pra trás.

Dou risada e sigo em frente, a esta altura estava quase no mercadinho, onde faço a volta, quando olho pro céu e vejo umas nuvens rosas salpicadas num céu já escurecendo. Pensei comigo "que bonito", quando faço a volta e me deparo com um dourado esplendoroso num céu ainda nao tão escuro. Era o próprio pôr do sol. E enquando eu seguia de volta eu sentia que rumava em direçao ao oeste, parecia que o céu dourado e avermelhado estava de braços abertos pra mim, reconhecendo o quão duro foram os treinos da semana inteira e de alguma maneira me confortava de volta e me hipnotizava. Como é bom correr hipnotizado, vendo o dourado ser lentamente substituído por tons igualmente bonitos de um vermelho brilhante, que parecia pulsar no mesmo ritmo que a minha respiração.

Aquilo foi realmente bonito. Se tem uma coisa que eu gosto, é do por do sol. Eu gosto da palavra oeste, correr em direção ao oeste, e aquele treino foi realmente bom. Quando eu entro na cidade de novo eu percebo que meu tempo ainda estava dentro, e que eu continuava confortável. Rosolvo aumentar um pouco o pace, e mudo a meta. Queria agora quebrar a marca dos 45 min. E pela velocidade que as placas e os arbustos passavam por mim, eu percebia que estava correndo realmente rápido. Mais rápido que o normal. Entro nos 9 km com 40'40", e subo um pouco mais o ritmo. O negócio era quebrar os 45'. Faltando 100 metros eu dou o sprint, a parada era em um ponto de ônibus, e nem no sprint eu sentia desconforto. Treino raro.
Chego no ponto, paro o relógio e vejo 45'11". Está bom.

Peso os prós e os contras:

contras: não quebrei a marca dos 45'.

prós: eu bati meu prórpio tempo em mais de 30 s; corri extremamente confortável num ritmo mais forte que o costumeiro; me diverti com a piazada no meio do caminho; e corri contemplando um pôr do sol de tirar o fólego.

Tá ótimo. De longe foi o meu melhor treino. Eu sei que eu não teria corrido tão bem ontem se eu não tivesse treinado a semana inteira no sofrimento, e no final foi tudo compensado com uma ótima corrida e um ótimo tempo.

Pra fechar aqui um ótimo som com cara de pôr do sol, sugestão do Jeison:



Um abraço, Nicholas - 77,8

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Dia 161: O país do futebol

Desde que eu comecei a correr pra valer, poucos treinos foram tão penosos como o de hoje. E não foi nem por causa do volume e nem por causa do ritmo. Parece que meu corpo simplesmente não queria correr hoje. Por volta do 3º km comecei a sentir uma dor no pé, entre o calcanhar e o dedão, que me acompanhou pelos 9 km mais extensos que eu já corri. Espero que não seja um princípio de uma fascite plantar.

Por outro lado os outros treinos da semana foram muito bem. Agora estou correndo o km bem próximo dos 4'30". Fechei 10 km em 45:59 segunda e 45:46 na quarta. São alguns segundos a menos a cada km e alguns mg a mais de endorfina. Como é bão.

Essa semana estou treinando sem bike, por causa de um cidadão que enfiou o carro na minha frente - na minha preferencial -, e que por conta da frenagem entortou meu aro traseiro. A roda de trás travou e eu tive que jogar a bike de lado, derrapando tipo um "piá pansudo". A diferença é que eu estava a quase 40km/h. De qualquer forma, espero que não seja meu aro que tenha entortado.

Agora há pouco estava passando uma reportagem sobre a E3, uma feira de videogame, e eu me dei conta de que na minha infância, os que gostavam de jogos de futebol eram mais magros.

A verdade é que eu nunca achei graça nem no futebol e nem em jogos de videogame de futebol, e se tem uma coisa que eu não entendo é a estúpida associação direta de futebol com a palavra esporte. O futebol é um esporte, mas esporte não é futebol. O Brasil é uma país com um desempenho patético em olímpiadas por causa dessa idolatria ao futebol.

Se eu nunca me interessei por esporte quando criança, grande parcela dessa culpa é porque aqui somos obrigados a respirar o futebol. Assim como o carnaval, e o big brother. Só que carnaval e big brother é só no começo do ano. Eu só descobri que praticar um esporte é prazeroso, que ler sobre esporte é legal - porque assistir um programa de "esporte" na tv aberta e ver algo além de futebol é coisa rara - quando eu comecei a me informar sobre a corrida, sobre o ciclismo e consequentemente sobre o triatlon.

Meu problema não é com o futebol. É com o fato de atletas de tanto potencial e vontade serem ofuscados pelo futebol, e serem deixados de lado. Terem que implorar por um patrocínio miserável enquanto os patrocinadores brigam pra estampar seus nomes em camisas de times da série A.

Não sou nenhum pseudo intelectual "comunista", que assume as dores dos pobres coitados e clama por igualdade entre os esportes, mas deixar de investir nos atletas brasileiros é burrice. Atleta de verdade. Daqueles que acordam 4 horas da manhã pra treinar, ir pro trabalho e quando chega em casa calça um par de tênis e sai pra correr.
Daquelas que passam o fim de semana fazendo longas na corrida e no ciclismo e que durante a semana fazem um malabarismo pra arrumar horários e ir treinar. Atleta de verdade.

De qualquer forma, não cabe a mim ficar revoltado com a desigualdade social, a fome, a peste e a injustiça do mundo. Esse direito se reserva aos adolescentes e àqueles que assistem as olimpíadas na rede globo e se frustram com fato dos Estados Unidos ganharem mais medalhas que o Brasil, embora a seleção seja penta.

O Brasil não merece os atletas que tem, aqueles de verdade, e a estes, os quais adimiro profundamente, eu presto minha homenagem aqui.

E assim a gente continua sendo, obrigatóriamente, o país do samba, do Rio de Janeiro, do futebol e do Pelé; O país que tem um baralho inteiro no bolso mas que insiste em jogar com uma carta só.



Um abraço, Nicholas - 78,8

terça-feira, 31 de maio de 2011

Dia 151: Meu primeiro primeiro lugar

Eu fiquei em 23º lugar na corrida de sábado. Mas vamos começar pelo começo.

A corrida era as 16:00, cheguei no local um pouco antes pra pegar o número de peito, o chip e fui alongar. O clima estava legal, nem quente e nem frio, se bem que aquela hora do dia a temperatura começa a ficar mais amena, mas não ia ser problema, estou acostumado com o frio.

Estavam acontecendo três eventos naquele dia, uma caminhada, uma corrida de 5 km e a corrida de 10 km. A largada é em uma pista de atletismo que tem em
um parque aqui da cidade, bem bonito, sendo que a corrida de 10 se extenderia para a rua e as outras ficariam só dentro do parque.
Quando me posiciono pra largada, que era pra todas as modalidades, procuro ficar no meio. Não queria bancar o esperto e ficar na frente de todo mundo, mas acabei bancando o burro quando é dada a largada, afinal nem todo mundo estava correndo, e eu tive que contornar bastante gente que estava caminhando até me posicionar na parte externa da pista e me juntar ao pelotão que estava correndo na frente.

Subimos por uma ruazinha de terra, passamos por dentro de uma trilha - aparentemente curta - dentro do parque e logo estamos na rua. Sigo passando bastante gente, e me concentrando pra manter esse ritmo, não podia deixar a peteca cair. Mas quanto mais pessoas eu passava, menos elas se tornavam uma preocupação, e logo eu estava bem confiante.

O asfalto acaba e começa uma rua de terra, no segundo quilometro, e continuo seguindo morro abaixo enquanto me surpreendo com a velha impressão de como um caminho parece extenso quando o fazemos pela primeira vez. Aproveito pra abrir a passada na descida e ultrapassar dois caras, um de amarelo e um de cinza. A descida se prolonga por mais um km, e eu fiquei pensando que aquela era a parte mais difícil da prova, a diferença é que eu estava fazendo ela ao contrário.

Pouco antes de chegar nos 5 km e fazer a volta os dois caras que eu tinha passado - de amarelo e de cinza - me passam de novo e abrem uma distância. Tudo bem, eu resolvo isso depois. Voltando eu percebo um senhor que devia ter uns 50 anos anos correndo atrás de mim; agora eu tinha que me preocupar em passar os que tinham me passado e em não deixar ele me passar.
Em uma das subidas na volta eu vejo que um dos corredores a minha frente dá uma caminhada quando chega ao topo da rua antes de voltar a correr e eu penso "esse já era". Alguns minutos mais tarde eu já tinha passado ele.

Pouco antes de voltarmos pro asfalto eu passo os dois caras que tinham me passado, e aquele senhor continuava correndo forte atrás de mim. No asfalto eu percebo que ele sobe o ritmo, mas eu não ia deixar ele me passar de jeito nenhum. Houve o momento em que ele emparelhou comigo e que eu respondi forçando o ritmo e abrindo novamente a distância.

Voltamos à trilha que passa pela mata, e se na ida ela pareceu curta, agora ela parecia extremamente longa! Já tinhamos passado da placa que marcava 10 km, eram os últimos metros antes de voltarmos para a pista de dentro do parque e cruzarmos a linha de chegada. Na mata eu só conseguia ouvir a respiração daquele senhor que corria atrás de mim, e eu me empenhava em não deixar ele me passar. Saímos da mata, passo mais dois corredores, estava na reta final quando derrepente o senhor que corria atrás de mim dá um sprint e passa do meu lado a todo vapor. Eu tentei responder mas não aguentei, se forçasse mais eu ia acabar tendo que parar faltando 20 metros pra chegada. Olho pra trás e vejo que os dois que eu tinha passado já não podiam me alcançar, vou reduzindo o ritmo a medida que cruzo a linha de chegada com o tempo de 47:46 minutos. Fiquei surpreso com esse tempo, por conta da impressão que tive por correr num caminho desconhecido.

Quando cruzo a linha de chegada a única coisa que eu consegui fazer foi sentar pra recuperar o fôlego. Encontro com a minha família, e quando vou devolver o chip e o número de peito encontro com o senhor que tinha me passado e dou os parabéns pra ele, afinal foi realmente ispirador. Um sprint é um sprint e representa o máximo da vitória.

A surpresa mesmo veio quando eu olhei no site o resultado da prova: 23º lugar geral, 1º lugar da categoria. Fiquei feliz com aquilo. Se fosse uma competição maior - haviam 99 competidores na corrida de 10 Km - a coisa seria diferente, mas eu sei que eu fui bem e que o meu resultado foi consequência dos meus treinos.

Agora é treinar pra correr o km em 4:30.


Nessa imagem dá pra ver o cara que me passou (de bermuda vermelha, depois do cara de bermuda preta) eu atrás, de bermuda vermelha também, e os dois caras que eu tinha passado no final.


Aqui caindo aos pedaços.


E aqui com a família e o Weltman tirando a foto.

Um abraço a todos e até a próxima - Nicholas 79,8

domingo, 22 de maio de 2011

Dia 142: Os 20 Km e a corrida do século

Essa semana eu resolvi fazer um longa de 20 Km. Dessa vez foi bem melhor, comecei com uma volta de 12 Km e fiz outra de 8 Km.

Na primeira volta eu fiz um ritmo legal, mantive um pace de 5 min por Km, totalizando os primeiros 12 Km em 59 min. Em um trecho tinha uma mãe com o filinho andando de bicicleta na mesma rua que eu, o que me ajudou a manter um bom ritmo e não ficar pra trás - sim, eu compito secretamente com os outros.

Por falar em competição, eu me lembrei de outro dia em que eu estava entre uma descida e uma subida, e um senhor passa com sua barra circular ao meu lado na maior tranquilidade. Naquele momento começou a corrida que definiria as nossas vidas, era tudo ou nada, quem perdesse morria. O tiozão começa na vantagem, no embalo da descida, mas conforme a inclinação vai acentuando o jogo vai ficando mais justo. A rua fica plana por um instante, é a minha hora, a todo vapor. Uma lombada a frente, e ele começa a pedalar de pé pra não perder o embalo ao passar mas não! Infelizmente não foi dessa vez pra você, senhor anônimo.

E teve o dia que a menininha estava subindo a rampa de uma passarela, e como eu estava passando por ali eu me perguntei "porque não?". Naquele dia era eu de bicicleta, ela a pé e uma rampa com 85º de inclinação. Subida dura, relação pesada na catraca da bike, subo a primeira rampa empatado com ela, mas uma curva me coloca pra trás por conta de uma retomada lenta - lembre-se, pouco espaço, relação pesada e uma subida de 85º. A menininha me ultrapassa - correndo! - e eu me deparo com a reta final. É tudo ou nada, quem perder morre, o mundo depende de mim. Pedalo com força, jogo meu peso nos pedais, dou uma, duas, três puxadas violentas no guidão e o mundo está a salvo novamente. Não foi dessa vez menininha anônima.

Mas sem bobagem, esse fim de semana eu tenho uma corrida de verdade. Rústica de 10 Km, quero forçar bastante e baixar meu tempo nos 10 Km de 50 pra 45 minutos. Uma coisa interessante que eu aprendi no longa que eu fiz essa semana é a diferença que eu tenho no rendimento quando eu saio pra correr antes de pedalar e quando eu saio pra correr depois de pedalar.

Aí você me fala "Mas é claro que antes de pedalar você rende mais, seu burro", e eu te respondo "disso qualquer um sabe, o que eu não sabia era o QUANTO isso influenciava". A coisa mais idiota do mundo só passa a realmente fazer sentido quando você faz aquilo.

Nessa semana voi treinar bem forte, sempre com a corrida antes do ciclismo, e vamos ver o que vai dar na corrida dia 28.

Ah sim, a segunda volta (de 8 Km) do longa eu fiz em 48 min, mais devagar, é claro, pra terminar bem, fechando 20 Km em 1:47 min. (e pensar que os recordistas em maratona fariam isso em pouco mais que uma hora...).



Um abraço e até a próxima, Nicholas - 80

domingo, 15 de maio de 2011

Dia 135: Como é bom correr

Na última semana eu resolvi mudar o trajeto da minha corrida. Eu tirei 2 Km que eu corro por dentro da cidade e aumentei 4 Km que eu corro na marginal de uma rodovia. Que diiferença.
Correr dentro da cidade é um exercício de adaptação. A cada esquina você tem que olhar pros 4 cantos pra ver se não tem carro, desviar de pedra, buraco, mudar o tipo de passada por causa do terreno, respiração, ufa! Mais parece uma aula de dança.

Correr nessa marginal é uma delícia. Quase não vem carro (nesse caso eu corro na contramão), o asfalto não é esburacado, a única coisa que eu preciso fazer é olhar pra frente, acertar a passada e a respiração e relaxar a cabeça.
Tinha esquecido como é bom correr.

Claro que nem tudo são flores. Eu tenho estado estagnado no meu peso, mas eu já nem esquento a cabeça com isso, daqui a pouco ele volta a despencar. Eu fui numa nutricionista essa semana, ela me passou uma dieta e me disse que eu ainda tenho que perder 8 Kg de gordura, o que não é nada demais. 8 Kg são 5 Kg mais 3 Kg.
Entrar no esporte de cabeça mudou a maneira como eu enxergo um obstáculo. Eu já não penso mais se eu sou capaz, só penso em como eu vou fazer. Se eu sou capaz ou não eu descubro depois.

De qualquer forma, rumo aos 72 Kg, nem que seja grama por grama.

Ah sim, cortei o cabelo:


O som de hoje é uma banda chamada Irakere, um jazz cubano muito bom:

É... não achei no youtube, então se estiver curioso baixa o disco e escuta Sea Mail:
http://plixid.com/2010/05/27/irakere-%E2%80%93-cuba-libre-2010-mp3/

E o quebra galho de hoje é o Dizzy Gillespie (quebra galho?!):



Um abraço e até a próxima: Nicholas - 80

sábado, 23 de abril de 2011

Dia 112: Aumentando as distâncias

Quanto tempo! Semana passada não atualizei, tava sem saco, mas pelo menos eu tenho história pra contar.
Dia 14 eu resolvi ir mais longe de bike, fiz um treino de 30 km. Peguei a BR sentido Curitiba e fui, só não cheguei até lá porque são 25 km de ida e 25 km de volta, então eu não sabia se ia ter fôlego pra voltar num ritmo bom, se minha água ia durar, se minha bike ia aguentar, além de eu estar sem equipamento de proteção e de ter um posto de polícia no meio do caminho (pode chamar de bicicleteiro, eu mereço).
Mas a vontade era grande. Fui até uma parte, voltei, fiz uma volta costumeira que passa por dentro da cidade e completei com mais 8 km na corrida.
Dia 16 eu resolvi fazer um treino só de corrida, um longa distância. O intuito era fazer 20 km, mas a moral só deixou eu fazer 18, em 2:00 h. Tempo ruim, em duas horas dava pra fazer 20 tranquilamente. Mas tudo bem, nesse treino eu aprendi muita coisa. Eu saí da miha área de conforto e fui testar meu limite. Quem sabe essa semana eu não encare de novo um longa e feche 20 km.

Essa semana aconteceu uma coisa engraçada. Estava lá eu, encima da minha bike na BR quando avisto outro ciclista encima de uma speed - eu pedalo com uma mtb. A distância entre eu e ele estava reduzindo, a gente estava numa subida e eu estava pedalando que nem um louco pra passar o cara (pense eu, com a minha mtb passar um cara com uma speed!) quando o cara só dá uma olhadinha pra trás.
Adivinha.
Foi frustrante, ele simplesmente sumiu da minha vista. Eu pensei comigo "espera eu pegar uma speed pra você ver". Tudo bem, não foi dessa vez. Mas espera eu pegar minha speed.

Amanhã eu combinei de treinar com um amigo meu, ele costuma treinar curta distância, explosão. Vamos ver no que vai dar.

O som de hoje é massa. Mas antes, vejam esse vídeo e me digam se não dá vontade de sair pra treinar:



A tomada que vai de 0:37 até 1:08 é demais! E se eu não estou enganado, em 1:46 é a Chrissie Wellington passando. Em 2008 ela ficou 11 minutos parada na estrada por causa de um pneu furado, ver ela passando todo mundo que ultrapassou ela nesse meio tempo arrepia! Ela foi campeã do Ironman naquele ano.

Curtam aí o Santana:



Nicholas - 82,8

terça-feira, 12 de abril de 2011

Dia 101: 42 minutos

Desde ontem estou tentando baixar meu tempo nos 8 Km de 45 pra 40 minutos, mas até agora só consegui chegar nos 42.
Isso diz muito sobre mim; Sobre quem eu sou e como eu penso. Para mim, não basta bater o tempo, alcançar uma marca e achar que está bom.
Eu tenho aprendido muito praticando a corrida e o ciclismo. Principalmente sobre a maneira em que um obstáculo é visto e a infuencia disso na maneira como você passa por ele.

Semana passada eu cheguei nos 84 Kg, estou flutuando no peso, mas até o fim da semana chego nos 83, no mínimo. São vinte quilos. 20 Kg. Um galão de água, cheio de gordura, uma coisa que já não faz mas parte de mim e deu lugar a uma paixão que surgiu como um "remédio" pra combater um problema de saúde. A paixão pelo esporte.
A cada dia que passa eu gosto mais de treinar, abaixar meus tempos, aumentar as distâncias, e agora com um novo foco: o Triathlon. Eu não sei bem quando a idéia surgiu, mas ela se consolidou a partir do momento que eu comecei a pedalar pra complementar a corrida. Daqui uns 2 ou 3 anos, assim que eu já tiver concluido meu curso e trabalhando na área eu vou participar do Iron Man. Só de eu pensar nessa prova, na grandiosidade dela eu já sinto uma vontade de calçar um par de tênis e sair pra treinar! Mas até lá eu vou precisar de tempo, dinheiro e treino. Muito treino.

Eu já posso me ver em uma contagem regressiva, afinal faltam pouco menos que 10 quilos pra eu estar num peso aceitável, até lá com um condicionamento físico inevitavelmente bom (isso eu posso afirmar seguramente), o que é tão importante quanto.

Vamos de Rush pra variar, e força pra baixar esse tempo pra 40 minutos!



(As luzes, o áudio, a platéia, a banda! Ah, ter ido no show desses caras não teve preço!)

Um abraço e até a próxima! Nicholas - 84,5

domingo, 3 de abril de 2011

Dia 92: Frio

Hoje eu dei um migué no treino de bike, só corri e fui pro banho. Chega uma hora que treinar no frio enche o saco.
Mas tudo bem, essa semana não foi ruim. Segunda feira eu fiz um longo de 14 Km na corrida mais 14 na bike, e no resto eu aumentei os treinos de 8 Km pra 10.
Essa semana eu não tive como ir pedalar nas trilhas como eu havia comentado antes, choveu praticamente todos os dias, ou de manhã ou de noite, e ir pedalar no barro pra mim é perder tempo. Eu sei do que estou falando porque eu já tentei. Nessa semana quem sabe o tempo melhore, estou querendo ir lá.

Como eu detesto o frio. "Ai, mas dormir com friozinho é bom". Porra nenhuma.
Uma vez por ano pode ser que sim. No mais, é calça, meia, blusa de lã, casaco, e, na pior das hipóteses, guarda-chuva. Ah, como eu odeio chuva.

Treinar então nem se fala. Quando a camisa sua e começa a gelar o corpo dá vontade de mandar tudo pra puta que o pariu. Seja lá o que for. Ou quando eu saio pra pedalar e começa a garoar na cara. Humm, que gostoso.

Enfim, o jeito é encarar como uma maneira de desenvolver a resistência (hã, como se eu fosse correr a maratona polar...).

O som som de hoje é Freddie Hubbard. A vontade é de postar o disco inteiro, mas curtam essa:



(Pode dar play que o som é firmeza).

Até a próxima, Nicholas - 86

domingo, 27 de março de 2011

Dia 85: Acostumando com a nova rotina

Sabe que depois dos primeiros treinos com a bike foi ficando bem tranquilo. Na verdade meu trajeto não tem nenhum grande desafio em se tratando de ciclismo. Umas duas subidas e o resto é bem tranquilo. Aqui na minha cidade tem um parque que um amigo meu treina mountain bike. Ano passado quando eu pedalava eu fui lá algumas vezes e foi bem sofrido. Portanto é um lugar ótimo pra eu treinar.
Se amanhã estiver seco vou dar uma volta por lá pra relembrar os caminhos. É bem legal, tem uma descidona no começo e depois disso é só subida.
Essa semana eu cheguei a perder dois quilos com essa de correr e pedalar. Dei uma recuada no repouso e estabilizei. O que eu percebi é que quando eu corro e pedalo a oscilação no peso é maior que quando eu só corro. Isto é, ele reduz mais rápido, mas no repouso eu recupero mais. De qualquer forma o rendimento tem sido muito bom, bem melhor que só na corrida.
Correr aumenta a resistência e pedalar aumenta a força. Combinação perfeita.



Um abraço e até a próxima - Nicholas, 87

domingo, 20 de março de 2011

DIa 78: Mamãe, não quero mais

Eu tinha esquecido como é osso pedalar. Hoje eu acordei e fui direto almoçar; Depois de umas 2 horas peguei um agasalho e fui pra rua. Apesar do friozinho o rendimento foi bom, fiz o trajeto inteiro sem parar em 50 min. Cheguei em casa na seca pra pedalar, peguei a magrela e fui pra rua de novo. Que diferença. Pedalando tudo muda. As subidas, que eu tanto gosto quando eu corro, ganharam minha antipatia, e as descidas, que eu já não gosto tanto quando corro foram de bom grado quando estava encima da bicicleta. Fiz só uma volta no mesmo trajeto que eu corro, até porque hoje eu fui mais pra testar a bicicleta, e já sei o que precisa ser regulada nela. A partir de amanhâ quero fazer mais que uma volta de bike, talvez na segunda volta eu pegue um caminho mais curto, pra não forçar demais, mas agora está na hora de eu aumentar minha carga de exercícios.

É isso aí, durante a semana eu posto mais.

Um abraço, Nicholas - 88,2.

Essa vai pro Jeison:

sábado, 19 de março de 2011

Dia 77: Indo aonde eu quero

Eu não consigo não rir quando me lembro do show do Rush. Hoje eu baixei um bootleg do show que eu fui, lá no Morumbi, e inevitavelmente agora há pouco já dei uma boa risada ao lembrar daquele dia.
Durante meu período de experiência cheguei pro gerente e falei "Cara, dias tal e tal eu vou pra São Paulo ver o show do Rush". E fui. E duas semanas depois eu fui mandado embora. Isso foi há uns pares de meses.
Como diz numa música do Rush, eu estava "indo aonde eu queria ao invés de onde eu deveria estar", e eu aprendi o valor disso - e o preço que tem que ser pago.
Hoje eu passei na loja de instrumentos que eu trabalhava na época, cumprimentei o pessoal, e vi que tinha um cara trabalhando na minha antiga função. Sinceramente não senti nada. Foi como ver uma pessoa qualquer trabalhando. Até porque, do meu ponto de vista, eu saí ganhando.
No meu quarto tem um mural com a advertência (que eu não tinha mencionado) que eu levei por ter faltado, e encima dela está fixado o ingresso do show que eu fui - o que eu queria fazer e o preço a ser pago. Está lá pra me lembrar disso sempre que eu vejo.


O meu rendiemento essa semana tem sido muito bom. Eu comecei com 88,9 na segunda e sexta estava com 87,5. Tá certo que hoje eu dei uma pisada fora da linha na alimentação, e não pude correr - meu bairro inexplicávelmente teve o abastecimento de água interrompido por algumas horas, e eu não tava afim de ficar suado até a água voltar.
De qualquer forma, essa semana eu mandei minha bike pro concerto e amanhã quero começar a treinar corrida e ciclismo. Era pra ter começado hoje, mas não teve jeito.

Durante a semana eu posto como tem sido os treinos e o rendimento. O som de hoje vai ser Rush, é claro. Curtam o single do novo álbum, "Caravan":



"Going where I want instead of where I should"

Um abraço, e até a próxima - Nicholas, 88 (porque é improvável que eu tenha mantido o meu peso de ontem, honestamente).

sábado, 12 de março de 2011

Dia 70: A fantasia de palhaço

Anos 40, ou 50, em algum lugar nos Estados Unidos. Uma criança anda pela rua durante um dia ensolarado.
Essa foi a primeira coisa que me veio na cabeça quando eu escutei essa música (ali em baixo). Na verdade o que me veio na cabeça foi um trecho do filme "Up: Altas aventuras", logo no começo do filme, quando o ainda garoto Carl Fredricksen sai do cinema e sai andando pela rua com o balão dele. Gosto daquela cena.

Sabe, ontem eu vi uma matéria do Globo Repórter, que dessa vez não tratava de "Uma região Amazônica até então desconhecida pelo homem", mas sobre obesidade.
E nesa matéria, que mostrava o caso de uma moça, entre outras coisas ela disse que se escondia atrás de um "personagem": A engraçada.

O gordinho engraçado; É um personagem que existe no mundo inteiro, em quase todas as culturas, e todos nós conhecemos ao menos um ou dois. Mas ninguém se pergunta porque o gordinho sempre é o engraçado. Eu sei poque: Porque se ele não for engraçado as pessoas não o aceitam. A pessoa quando é gorda desde criança passa a infância sendo perturbada pelas outras crianças por causa de sua aparência, tem sua auto-estima e sua confiança abalada e procuram desesperadamente algo que faça as pessoas a sua volta a aceitarem.

Eu sei disso porque foi isso o que aconteceu comigo. E é o que acontece com a maioria dos gordinhos. Quando não são os "engraçados" eles vestem outras máscaras, e as vezes se isolam. O que é mais triste? Depende. Eu não fui um cara triste durante minha adolescência, me dava bem com as pessoas, tive minha namorada, maus melhores amigos eu fiz durante essa época. Mas no fundo eu sabia que tinha alguma coisa errada. Alguma coisa estava fora do lugar. Eu achava que queria ser mais do que eu era, quando na verdade o que eu tinha ser era menos. Menos máscara, menos piadas. E mais de mim.
Não estou dizendo que não sou bem humorado. Só não sou mais o palhaço da turma.

Eu não estou ficando magro. Eu estou deixando de ser gordo. Isso não combina com o meu caráter e com a minha maneira de pensar. Estou deixando de vestir essa fantasia de palhaço pra ser eu mesmo.
Ser gordo é muito desgastante, e eu estou cansado disso tudo.
Há muito tempo.
"Ocupe-se em viver ou ocupe-se em morrer". Essa frase é do filme "Um sonho de liberdade" (ou do conto "Primavera Eterna", como preferir), meu filme favorito.
Interprete como quiser.




See You in My dreams, Nicholas - 89

quarta-feira, 2 de março de 2011

Dia 60: 15 quilos

Eu não sou um cara que gosta de desistir. Eu me canso, sim, mas não desisto.
Um exemplo disso foi hoje, um dia nublado e com um vento que a cada curva que eu fazia mudava de sentido - sempre oposto a mim.
Ventinho filho da puta. Mas tudo bem. Cheguei na rodovia e na "minha subida" que é minha parte favorita da corrida não conseguia dar meu costumeiro sprint. Ok, continuei no melhor ritmo que eu pude. Grande parte do trajeto com uma dorzinha chata no joelho, por causa do vento gelado. Meu tempo não estava grande coisa, mas não estava fora do padrão. Peguei o retorno e voltando pra cidade saiu um solzinho sem vergonha, que ajudou a esquentar um pouco mais o corpo. E quando cheguei na farmácia lá estava a recompensa. 89,6 cravado na balança.
São 15 quilos em 2 meses.
Se você não é gordo não deve entender o significado disso, mas vou tentar explicar de uma maneira simples: Sair de uma dezena e entrar em outra é muito bom - ou muito ruim.
Na minha cabeça existe uma espécie de barreira a cada dezena, como um muro; então se eu peso 90 quilos hoje eu posso vislumbrar o meu peso pra mais, mas pra menos fica nebuloso, eu preciso "pular o muro" pra poder ver aonde que eu tenho que ir.
É como se or números deixassem de estar tão distantes e se tornassem cada vez menos abstratos. Entende?
De qualquer forma não tem que fazer sentido pra você.

Ah, eu não podia deixar de falar, é claro, que segunda feira eu bati uma marca pessoal. Fiz meus 8 Km em 45 min., que em comparação com meu tempo médio (55, 56 min.) dá uma redução de 10 min. Não foi fácil, quando eu olhei no relógio e vi que dava tempo de me esforçar nos próximos 15 minutos pra fechar com esse tempo eu foquei no objetivo e fui. A última reta foi a parte mais legal - e mais difícil - porque eu não conseguia subir a velocidade (eu devia estar há uns 75 % da FCM) mas a última coisa que eu cogitava era reduzir ou parar. Foco.
E quando cheguei e olhei no relógio estava marcado 45'27".
É bom fazer um tempo novo. Quero ver se consigo reduzir mais ainda. Mas deixa isso pra semana que vem.

O som de hoje ia ser Paralamas do Sucesso, mas vai ser Rush. Vou explicar:
Assim que cheguei da corrida e fui fazer minhas abdominais eu coloquei um CD do Paralamas e fui ouvir enquanto me exercitava. Tava escutando "Vital e sua Moto" e pensei "ah, esse vai ser o som de hoje", até que eu comecei a reparar que essa música, desde a letra até a estrutura dela é uma cópia malfeita de "Red Barchetta" do Rush.
Um cara que compra uma moto e vai ver um show do Paralamas do Sucesso versus um cara que sai pra dar um pau com uma Red Barchetta. Sério que você fez isso Herbert Vianna?
Não precisa pensar duas vezes né.

Apreciem:



(Herbert Vianna, coitado).

Um abraço e até a próxima. Nicholas - 89,6

sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Dia 56: Estagnado

Boa noite meus caros. Então. Como havia dito na terça feira hoje eu viria publicar meu rendimento da semana, e digo que é no mínimo esquisito.
Meu intuito era chegar nos 89 beirando os 88. Não deu certo, fiquei estagnado nos 90, do mesmo jeito que aconteceu quando estava nos 93. Em contrapartida a minha "circunferência" reduziu em relação ao começo da semana, o que é bom. O que importa é que desa vez não vou ficar arrancando meu cabelo por causa disso, na próxima sequência de treinos eu sei que consigo baixar novamente.
Ah, cabe informar, é claro, que não estou cagando com a dieta.

Curtam um Queens of the Stone Age (eu ia colocar Feddie Hubbard, mas mudei de idéia na última hora):



Ah, e hoje tem bônus track:

(Essa eu não conhecia, hahahahaha)




Um abraço e até a próxima. Nicholas - 90,4

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

Dia 53: Decadence Avec Elegance

Boa noite meus caros! Mais um dia, mais uma corrida.
Semana passada eu criei uma tabela, como um calendário, onde todos os dias eu anoto meu peso, a distância que eu corri, o tempo e outros exercícios. O legal é que dá pra acompanhar o rendimento dia a dia. No primeiro dia eu tava com 92 e pouquinho, hoje cheguei nos 90. Enfim, se alguém for começar a correr ou praticar algum outro esporte pra emagrecer eu recomendo fazer isso desde o primeiro dia, ajuda muito.

Acho que eu já expliquei a frequência dos meus treinos, mas repetir vem a calhar: corro 4 dias e descanso um. O descanso é muito importante pra evitar lesões, recuperar a musculatura e até o ânimo, apesar de ser agoniante ficar sem correr. Pois então, ontem foi meu descanso, hoje foi meu primeiro dia de treino, e no quarto dia (sexta-feira) espero estar nos 89 passando pra 88. O ritmo pra perda de peso não está tão rápido quanto no começo, mas ainda assim está indo muito bem.

Bem, por ora é só, sexta eu posto de novo e aí a gente vê se eu consegui atingir esse objetivo.

Sugestão do meu grande amigo Jeison, ótimo som:



Um abraço, Nicholas - 90,3

terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Dia 47: 7 minutos

Boa noite meus caros gordinhos, gordinhas e outros seres humanos que visitam esta página. Mais uma vez hoje estava um dia chuvoso, mas assim que a chuva deu uma parada eu calcei meu Asics velho de guerra e fui pra rua.
Pra mim, que treino no sol, correr com o tempo fresco é um doce. Comecei a ver no relógio que estava passando mais cedo em vários pontos de referência, e que estava conseguindo manter um ritmo mais acelerado que o usual. Foi aí que no meio do caminho decidi abaixar meu tempo. Como eu sempre faço em 55 min. a idéia era de tentar concluir em 50 min. o meu trajeto, e pra miha surpresa quando parei e olhei pro relógio estava lá marcaddo 47 min. e 20 segundos. Eu não sei se foi por conta da temperatura, do meu desjejum mais reforçado ou se foi por causa do tênis, mas foi bem legal tirar 7 minutos fora do tempo total. Significa que tá na hora de aumentar o trajeto.

Ah, a algumas semanas atrás eu achei uma bobagenzinha num blog de outra corredora que eu achei bem curioso, um tipo de "régua" que mede o desempenho, confiram:





É, praticamente meio caminho andado.

Vejo vocês na próxima, por ora curtam o Audioslave (mas que diabos, eu nem sou chegado em audioslave).



Abraço, Nicholas - 91,7

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Dia 46: Introspecção

Mais um dia, mais uma corrida. 8 Km, como sempre, algumas abdominais, umas flexões e assim vai indo. Admito que na última semana meu rendimento deu uma caída, por puro descuido; Dei uma pisada fora da linha com a dieta, e não que eu tenha ganhado mais peso, mas fiquei estagnado. Agora voltou a andar, mas é um errinho bobo que estraga o trabalho e vários dias.

Semana passada eu melhorei meu tempo nos 3 Km: de 15'10'' foi pra 13'50''. Não parece muito, mas reduzir o tempo não é tão fácil quanto parece.
Em contrapartida o meu tempo total nesse dia foi maior, devido ao desgaste por causa do esforço.


Hoje quando estava saindo pra correr começou a chover. Uma pancada rápida, mas eu sabia que não era a última do dia. Calcei um par de tênis mais velho, esperei passar a pancada e saí pra correr.
Lá pelo segundo Km, numa subida, começou a garoar, e em meio às nuvens acinzentadas dava pra ver uma grande faixa azul do céu e sentir o o calor da tarde refrescada por aquela garoa que em alguns instantes cessaria. E naquele momento breve, sabendo que ele não iria durar muito, não me restou outra coisa a não ser fechar os olhos por alguns instantes e tentar não pensar em nada enquanto corria envolvido por aquela mistura de sol e chuva.

Isso, esses segundos mínimos em que você consegue desligar a voz da sua mente e escutar o silêncio a sua volta, o som dos seus passos no asfalto acompanhados pela inspiração e pela expiração é o maior dos prazeres da corrida pra mim.
Não é fácil, é quase involuntário e muito breve, mas é uma sensação muito boa.

E o som de hoje é uma música que me veio na cabeça quando eu tava voltando pra casa:



Um abraço, Nicholas - 91,95 (tinindo!)

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

Dia 40: A todo vapor

Como eu gosto de correr no Sol. Eu não sei porque, mas eu acho muito mais confortável. Talvez pelo fato de eu suar muito, e quando está um dia mais fresco a camisa gela.
Essa semana estou conseguindo perder peso novamente. Acho que eu acabei "desregulando" o meu metabolismo semana passada treinando demais. Ou talvez eu pisei fora da linha com a dieta. O importante é que agora estou prestando muito mais atenção no que eu como e em como eu treino. Coisa que eu devia estar fazendo desde o princípio.
Digo isso porque eu estava sentindo uma certa dor no meu joelho direito e só essa semana que eu fui descobrir que era por causa da minha pisada - que estava errada, é claro.

Novo objetivo: correr uma meia maratona. 21 Km não é tão difícil assim, e mais pra frente, é claro, vou partir pra uma maratona. Mas no momento vou me limitar a amadurecer a idéia da meia maratona e planejar alguns treinos pra isso. Quem sabe até o meio do ano eu participe de uma prova.

Erros corrigidos, ânimo recuperado, continuo seguindo a todo vapor.

Curtam o som do dia e até a próxima.




Um abraço, Nicholas - 92,6

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

Dia 35: 10 Km

"Ufa".
É a primeira coisa que me vem na cabeça.
Depois disso vem "Legal!".
Eu achei que ia ser mais difícil, mas até que não. Depois de um certo tempo eu já nem sentia mais o cansaço, e a vontade era de continuar e fazer mais uns 4 ou 5 Km. Mas não dá pra fazer isso, ainda mais eu que não estou em forma. Se eu não respeitar alguns limites do meu corpo, todo esse meu esforço vai por água abaixo por conta de uma lesão.

Apesar de ter sido bem legal fazer 10 Km eu estou meio frustrado com o fato de eu estar empacado nos 93 Kg há 2 dias. Mas tudo bem, já que é pra ser assim, "situações extremas requerem medidas extremas".
Ah, pesquisando por aí descobri outros blogs com a mesma proposta que o meu, como já era de se esperar.
Bem, agora eu não estou inspirado a escrever mais nada, vou tomar um banho e caçar o que fazer. Quem sabe mais tarde eu poste qualquer outra coisa que me venha na cabeça.

Fiquem com o Clapton aí, e boa sexta feira a todos!



Um abraço, Nicholas - 93,6

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Dia 32: "Ô gordinho..."

Não que eu já esteja magro. Mas eu não estou fazendo todo esse esforço diariamente pra um coitado qualquer na rua querer vir me aloprar.
Foi mais ou menos assim:

Enquando eu e meu fiel escudeiro Jeison cruzavamos uma praça, ao fundo da nossa conversa eu comecei a escutar um "Ô. Ô amigo. Ô colega, ô...". Quatro bêbados. Todos sentados aos pés de uma estátua. Seguimos ignorando, esperando que o indivíduo se desse conta de que eu não iria dar atenção (e muito menos meu dinheiro) pra ele.
Mas não:
-Ô, ô colega. Ô gordinho.
Eu paro.
-Ô gordinho.
Eu dou meia volta.
Ando na direção do mentecrapto (palavra cujo significado desconheço, mas acho que vem a calhar), olho bem na cara dele. Aponto um dedo. Não. Aponto minha mão espalmada na cara dele e pergunto
-Do que você me chamou?
-Não, é... Não, você não é gordinho.
(é claro que eu não sou gordinho. Eu era gordinho quando tinha 11 anos de idade!)
-Olha meu amigo, eu não sei o que você quer, eu não estou interessado em saber o que você quer e eu não vou te ajudar. Entendeu?

E dei as costas. Mas eu acho que ele entendeu.

Sabe, eu não sou um cara estressado, muito pelo contrário. Mas "gordinho", você tá falando sério? Gordinho.
Que diabos.

Ok.

Então, hoje, dia 1 de fevereiro, 32º dia da minha contagem atingi a marca dos 10 Kg.
Faltam 20 Kg ainda, mas é legal atingir essa primeira linha. Pra mim, que me vejo todos os dias, a diferença é mais sutil, mas é bem perceptível. Tem algumas fotos minhas das férias do fim de ano, na verdade qualquer foto de Setembro pra cá serve. Assim que eu perder mais uns quilos eu posto algumas comparando o antes e o depois.

Tem uma maneira bem legal de imaginar o peso perdido: Você, que está lendo, costuma separar o óleo de cozinha usado em garrafas ou joga direto na pia? Bem, se você joga na pia você é um porco, não que eu seja um ambientalista, mas aquela porra densa não desce pelo encanamento, entope, enfim... Se você separa em garrafas, então já imagina o que eu vou dizer. Em uma garrafa de refrigerante normalmente cabem dois litros. 10 Kg a menos são um pouco mais que 5 garrafas dessas cheias de gordura. Nojento né?

Ah, hoje eu não fiz 10 Km, faltou moral. Em contrapartida eu reduzi meu tempo de 55 min. pra 53 min. Não adianta eu querer adicionar os sprints e ainda por cima aumentar a distância, então vou me aplicar nos sprints na distância de 8 Km, e quando for subir pra dez eu faço num ritmo mais contínuo. Ou talvez eu intercale. Amanhã eu decido isso.

E o som do dia é pros "gordinhos":




Um forte abraço, Nicholas - 94,1.

(Gordinho, hã!)

segunda-feira, 31 de janeiro de 2011

Dia 31: 12 de Março.

Esses dias eu vi um ótimo filme, "As cartas de Iwo Jima", que mostrava o lado japonês na segunda grande guerra. Um baita filme de guerra/drama dirigido por Clint Eastwood. Embora seja uma produção americana, o fato de contar uma história centrada no japão me fez lembrar daqueles malditos desenhos japoneses. Um país com uma história grandiosa, com paisagens e ideologias tão bonitas se deixa ofuscar pela superficialidade e capricho dessas ficções pseudo dramáticas juvenis que hoje são febre no mundo. Para alguns, assistir um desenho animado e se identificar com um personagem de poderes inexistentes e habilidades impraticáveis é mais legal que desenvolver a própria personalidade.

Ok.

Hoje, segunda feira, é o dia pra voltar à rotina. Mas nessa semana eu vou dar uma reforçada, até porque já estou acostumado com o meu trajeto atual, então tá na hora de aumentar. A idéia é aproximar o máximo possível do 90 Kg. Se eu chegar lá, melhor ainda.
Esses dias eu tive uma idéia estranha; Me occorreu a data 12 de Março enquanto eu corria. Simples asim, você está lá, contando a respiração ou os passos, "olha que borboleta bonit.. 12 de março", exatamente assim, só faltou o "poof". Imediatamente, como um bom cara competitivo, eu já pensei em qual resultado eu poderia atingir até lá. Bem, minha meta, até dia 12 de Março são os 80 Kg. É bem possível, e acredito que com esses textos gravados aqui vai ajudar a frisar bem esse objetivo.

Outra coisa que eu incorporei - não, incorporar soa muito espiritual. Outra coisa que eu adicionei foram alguns "sprints" na corrida, que são aquelas aceleradas até uma velocidade mais alta por um determinado trecho. Amanhã vou tentar adicionar mais 2 Km na corrida pra fechar 10 e vou tentar fazer o último Km mais forçado pra ver no que dá.

Fiquem agora com a melhor banda do mundo, com um destaque pro mestre:




Um forte abraço, Nicholas - 95,5.

Dia 30: Descanso.

Gordinhos e gordinhas, corredores e sedentários, este é mais um lipodecadência!
Há um bom tempo que eu não ouvia essa banda, que som! (se você quer saber qual é dê o play lá embaixo!)

Hoje, domingo, é um bom dia pra não fazer nada. O que é bem importante, afinal o descanso é tão importante quanto o exercício, e não dá pra treinar todos os dias. Tem um site muito bacana com várias dicas pra quem corre e vale a pena conferir:

http://sportlife.terra.com.br/index.asp?codc=1028

Muito bem, agradeço muito quem tem visitado e comentado por aqui, e em relação há um leitor que comentou esses dias, cabe esclarecer que eu já pratico corrida há algum tempo, embora nunca tenha me comprometido por muito tempo, portanto eu sei até que ponto eu posso forçar. Agradeço as dicas dele sobre a dieta que ele manteve e sobre a maneira como ele praticava seus exercícios, vou tentar incorporar dentro dos parametros estipulados, e parabéns por ter emagrecido!

Bem, como você pode ver nesse site que eu indiquei, o descanso do exercício é importante para a recuperação do corpo (óbvio), mas isso faz muito mais sentido pra quem já está correndo. Semana passada, após quatro dias seguidos treinando eu pude constatar que com o passar dos dias o ânimo pra sair de casa ia caindo, e consequentemente o desempenho. Enquanto no primeiro dia eu fiz meus 8 Km em 55 min., no quarto dia o tempo caiu pra 1:10. Enfim, descansar recupera o ânimo e o corpo.


Essa vai pro Jeison:



Um forte abraço, Nicholas - 95,5

domingo, 23 de janeiro de 2011

Dia 23: Números.

Mais um dia, mais uma corrida. Hoje foi bem legal, saí pra correr logo depois que tinha chovido, então estava bem fresco. Fiz um pequeno recorde pessoal: 3 Km em 15 minutos. Não é muito, se comparado com quem treina há mais tempo, mas no momento é uma boa marca pra mim.

Se tem uma coisa que eu posso dizer com toda certreza do mundo pra quem está começando a correr é que quando você bate sua própria marca de tempo com um esforço muito grande, a sensação de prazer é avassaladora. Ela toma conta de você, é algo grandioso, um momento pessoal muito bonito. Mesmo que pessoas que estão por perto achem que você é um louco quando grita "Ééé!".

Ah, gordinhos e gordinhas do meu Brasil, se você for adotar o meu método (que não tem nada de meu na verdade), uma dica é: Procure se pesar todos os dias, de preferência sempre em um determinato momento. Por exemplo, eu me peso sempre depois que eu corro, antes de almoçar. Dessa forma eu sei que eu vou estar me pesando todos os dias nas mesmas condições das do dia anterior, o que te permite acompanhar com mais precisão a perda de peso. Hoje mesmo, devido ao tempo, eu fui correr mais tarde, depois que eu já tinha almoçado. Resultado? Alteração no peso.
Claro que esse é o jeito que eu faço. Acredito que o mais certo seja se pesar logo de manhã ou antes de dormir, mas faça sempre num momento em que você esteja nas mesmas condições do dia anterior. Manter essa rotina ajuda a manter o controle e o ânimo.

E o som de hoje é:



Vamos de queens of the stone age. A versão acústica dessa música também é muito boa.

Um abraço, Nicholas - 97,2 (ops).

sábado, 22 de janeiro de 2011

Dia 22: One Little Victory

Como diz numa letra de uma música do Rush "Another chance of victory, another chance to score". É uma boa ótica, encarar cada dia como uma possibilidade de vencer a si mesmo.

Hoje vou falar um pouco sobre a corrida.
No meu caso, esse é o esporte que eu escolhi praticar porque além de ser mais barato que natação, é o mais eficaz pra mim.

Não sou nenhum expert no assunto, mas vamos ver aqui alguns tópicos com algumas dicas que me ajudam bastante:

1 - Foco: Tenha foco no seu objetivo. A partir daí vem a força de vontade pra você correr. Digamos que a corrida é um ótimo exercício de força de vontade, igual a banho no inverno: O problema é ir pro banho. O problema é começar a correr. Você, gordinho, que fica jogando videogame e assisntindo aqueles malditos desenhos japoneses o dia inteiro: Deixa de ser sem vergonha! Resto da humanidade (principalmente os gordinhos e gordinhas), ânimo! Assim que você começar o embalo leva.

2 - Resistência: A primeira coisa que a gente que é gordo sente quando começa a correr não é ânimo, empolgação, ou satisfação, e sim cansaço. É verdade. Antes de virar a primeira esquina o desânimo bate e a vontade de desistir cresce. Como eu já disse, tenha foco, força de vontade. É normal quando se começa a correr dar algumas caminhadas. Com o tempo (e com vontade) essas caminhadas vão reduzindo até sumirerm e você consegue correr o seu trajeto todo. Mas pra isso você tem que forçar. Não adianta nada sair de casa pensando em fazer uma "corridinha padrão", nada disso. Saia de casa pensando em forçar mais, melhorar seu tempo, seu desempenho. Como dizia meu professor de natação "se você não forçar até sentir o desconforto, você não vai melhorar nunca". Isso vale pra vida. E embora soe óbvio não é tão fácil de se colocar em prática.
Em alguns dias você vê que a resistência aumenta, então o cansaço sai e dá lugar ao ânimo, satisfação e orgulho por conseguir um feito inédito. A partir daí você pode partir pra trajetos maiores, tentar subir a velocidade, reduzir o tempo, e aí é só curtir a alegria e os resultados.

3 - Respiração: Se você respirar que nem uma criança se afogando você não vira a primeira esquina. Respirar certo é fundamental, é preciso manter um ritmo. Por exemplo, eu quando corro respiro sempre no pé esquerdo. No caso de retas ou descidas eu respiro mais devagar, levando dois passos com o esquerdo inspirando e dois passos expirando. Em subidas mais fortes eu dou um passo com o esquerdo puxando e outro passo soltando. Além do mais, dessa forma você não sente a famosa "pontada no baço", que é aquela maldita dor na costela. Pode ser tanto no pé direito quanto no esquerdo, mas nunca alterne durante a corrida.

4 - Não pare: Nem que você caminhe, mas não pare. Se você parar você perde o ritmo. Embora a vontade seja grande, ânimo! Se você parar, pra voltar a correr vai ser mais difícil, e aí a vontade de parar aumenta. Então, "já viu né?" (lembrei do café Pelé agora).

Por ora é isso, creio que com essas dicas já dá pra fazer uma boa corrida. Claro que cada um tem seus limites e devem respeitá-los caso queiram manter o corpo em condições de praticar todos os dias. Não vá começar correndo 10 Km por dia, mas também não seja cara de pau fazendo 1 Km por dia. Force sim, supere seus limites, mas não se exceda. Não existe excesso bom.
Afinal, é se excedendo que muita gente fica gorda.

E vamos ao som do dia:



Ok, no próximo post prometo não ser tão sério!

Um forte abraço, Nicholas - 96,6.

quinta-feira, 20 de janeiro de 2011

Dia 20: Dieta MA-RA-VI-LHO-SA!!!!!!!!!!

Não se faz um omelete sem quebrar os ovos. Não se faz um regime sem passar fome. A não ser que você esteja disposto(a) a emagrecer meio quilo por mês.
A verdade é que eu não entendo nada sobre dietas e sua eficácia. Pode até ser que funcionem, mas quando eu passo em frente uma banca de revista e vejo títulos como "Emagreça sem esforço", "Emagreça sem dieta", ou ainda "Emagreça comendo tudo o que você sempre come" eu não vejo como levar a sério uma matéria dessas.

Hoje mesmo eu vi um título que dizia algo mais ou menos assim: "Como emagreçer sem fome, sem exercícios, sem comprimidos e sem dietas de emagrecimento!".
"Sem fome", ok, tudo bem, é possível. "Sem exercícios"? Ok também, demora mais um pouco, mas vai. "Sem comprimidos", muito bem, comprimidinho pra emagreçer é tão eficaz quanto feijão mágico. "Sem dietas pra emagrecimento", muito bem, mantendo a alimentação padrão mais exercício é tão eficaz quanto dieta sem exercício. Mas espera aí, tudo isso junto? Uau, essa eu quero ver! Boa sorte pra quem tentar.

Não é que eu seja um extremista-masoquista que gosta de passar fome, ah, de maneira alguma. Extremista foi o primo de um amigo meu, que perdeu 30 quilos comendo só uma vez por dia. Essa é a legítima dieta de macho, e funcionou muito bem.
Claro eu também acho que é loucura, mas pra quem estiver disposto pode contar com o meu apoio. O fato é que fazer as coisas por um caminho mais fácil já não me atrai há muito tempo. Qual a graça de fazer algo que não te desafie? Não há mérito nenhum.

É muito difícil você se acostumar com uma alimentação reduzida, até porque se trata de uma mudança de hábito. Como diz um amigo meu, a primeira coisa a se fazer é parar de ficar roendo coisas durante o dia. Coma na hora que tem que comer, cacete.
Outra coisa é reduzir o que você come. Como eu já disse, primeiramente "dois pratão" vira "um pratão" e em seguida vira apenas "um prato", de gente normal.

Pronto, se você conseguiu chegar até aqui, é só manter o padrão. Tome café, almoce, jante e tá bom. Você não vai morrer se não comer mais que isso.

Outra coisa, que dá pra usar como motivação é o "amor próprio", digamos assim. Se você já está correndo, pense da seguinte forma: "Puta que pariu, eu corri hoje que nem um condenado pra queimar essa banha nojenta pra chegar aqui e comer que nem um porco, yeah! Parabéns pra mim".
Se tem alguém que pode exigir assim de você é você mesmo. E se não estiver disposto a fazer isso, então desista.
Hoje mesmo, depois que eu cheguei da corrida e tomei banho, sentei na mesa pra tomar café. Nada de mais, leite com nescau, pão com presunto e queijo e um mini-sonho recheado. Humm, tava bom. Aí eu peguei o segundo, mas antes de comer eu olhei bem pra ele. Aquela camada exterior de açúcar gorduroso me fez lembrar que eu corri que nem um cavalo por pouco mais que 8 Km pra chegar em casa e ficar me entupindo de tranqueira? Não pensei duas vezes, deixei de lado e levantei da mesa.
Esse é um truque. Pense no que está fazendo. E quando estiver satisfeito, levante da mesa pra evitar cair na tentação.

Se eu sinto fome às vezes? Sim, eu sinto. Um eco do meu antigo hábito de comer que nem um condenado. Geralmente aquela fomezinha sem vergonha que maliciosamente sugere "ô, um pacotinho de bolacha ia bem né?"

Porra nenhuma!

Por hora é isso, amanhã se eu me lembrar eu posto mais sobre as corridinhas. E vamos para o som do dia:




Um forte abraço, Nicholas: 96,9 (mas é 96!).

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

Dia 19

Olá! Meu nome é Nicholas, e seja bem vindo a esta página. O que você está prestes a ler não é nada mais que o relato da minha corrida contra o meu peso. Mas eu não sou só mais um cara gordo querendo emagrecer. Eu sou o Nicholas, cáspita.

Bem, você deve estar se perguntando (ou não, na verdade foi só uma maneira que eu encontrei de começar um novo parágrafo) porque diabos eu estou começando a partir do dia 19 (agora sim, eu aposto que você deve estar se perguntando isso).
A resposta é simples: porque essa idéia só me ocorreu hoje. E como eu sei que eu estou no dia 19 da minha contagem? Porque hoje é dia 19 de Janeiro de 2011.
Se você foi sagaz o suficiente deve ter percebido que eu “resolvi emagrecer” dia 1 de Janeiro. Na verdade eu resolvi emagrecer há muito tempo atrás, eu só não tinha achado um dia bom o suficiente pra começar uma contagem (ahaam...).

Mas a verdade é que sim, dia 1 que eu comecei a pegar mais forte nessa história. Eu me lembro de ter me pesado na praia e ter alcançado incríveis 104 Kg, um recorde para mim! Caramba, eu merecia um prêmio por isso.

Eu nunca fui um cara chegado em regime. Ou em coisa Light. Minha prima tem diabetes, e ela diz que a maioria das coisas “light” tem menos açúcar e mais gordura. Porra, porque diabos alguém que quer emagrecer come coisa light então? De qualquer forma, o meu intuito é emagrecer sem viadagens, o que inclui comida light, peito de peru e leite desnatado (urgh!).
Eis o meu método, bastante simples por sinal:

1-    Comer metade do que eu costumava comer: Eu e 99% dos gordos estamos habituados a comer no “automático”, se é que você me entende. Quando você vai num rodízio de pizza e e só sabe que é hora de parar porque não agüenta mais comer; Ou quando você almoça e faz um pratão e depois vai lá e repete e se duvidar vai pra um terceiro round só pra dar uma última “degustada”, ha! Essa é a parte mais difícil no começo. Pensar no que você está fazendo. E lutar contra a vontade quase insuportável de comer mais um pouco.

2-    Corridinha: Esse é mais difícil a longo prazo, porque no começo você quer ver resultados rápidos e se esforça bastante. Mas ás vezes o resultado demora pra vir, e o desânimo vai tomando conta até que você larga mão de tudo. Essa é realmente difícil de manter. O primeiro item se torna um hábito fácil, esse é um exercício de força de vontade que temos que encarar todos os dias. Às vezes, por causa do peso, correr com dores nas costas, ficar sem fôlego antes do primeiro Km, sentir a pontada no baço... É pequeno gafanh... (não, gafanhoto é magro). É pequeno Hamster, eu sei como tudo isso é. Só que a cada dia isso vai ficando mais fácil, se você quer saber. Então não desanime. Seu desempenho melhora a cada dia, basta apenas:

3-    Força de vontade: Esse é o mais importante de todos, é o que faz as coisas se movimentarem. Você pode dar o nome que quiser – Motivação, Inspiração, Inconformismo (é esse o nome?) -  Pra você botar tudo isso em prática você precisa de algo que te motive a continuar em frente, e isso é algo absolutamente pessoal. Cada um tem seu motivo, todos igualmente importantes para si. Eu tenho os meus, e você deve encontrar os seus caso queira perder essa banha e essas tetas. Pode ser que você queria voltar a ser magro, caso tenha sido um dia, ou você está de saco cheio que fiquem tirando sarro da sua cara; Pode ser alguém em que você está interessado, ou você simplesmente está cansado de ser gordo. Um mix de tudo isso e mais um pouco às vezes cai bem. A minha motivação? Eu quero ser melhor que eu mesmo. Pode ser que tenham outras juntas, circunstancias diversas geram motivações a todo momento, mas geralmente são coisas efêmeras. A única coisa que não muda é minha vontade se ser melhor que eu mesmo.

Simples não? São “só” três coisinhas simples que você tem que fazer, e que dá pra resumir em: fechar a boca e correr. Com o tempo fica mais fácil e até divertido, você melhora o seu humor, a sua disposição, as dores nas costas vão sumindo, os dígitos na balança vão reduzindo...

Desde o dia 1 até hoje, eu fui dos 104 Kg aos 98 Kg, o que, com uma margem de segurança, dá uns 5 Kg. E olha que eu não chego a correr todos os dias. De 4 a 5 vezes por semana, claro que fechando a boca. Eu me lembro que eu sempre fui chegado em correr, mas continuava comendo feito uma jamanta, resultando em nada. Correr às vezes é chato, e você tem que contornar o tédio, mudar o trajeto. Mas às vezes é bem legal, quando você consegue reduzir seu tempo ou corrrer uma distância maior e cansar menos. Tudo isso são coisas que me motivam a continuar a fazer dar certo. Fácil não é, mas também não é impossível.

Pra essa primeira postagem cabe dizer aqui o real motivo de eu estar fazendo isso tudo: é mais uma maneira de eu me lembrar do meu objetivo, que antes de tudo eu tenho um compromisso comigo: ser melhor do que eu.
Claro, que se eu puder ajudar alguém com essas dicas vai ser maravilhoso, uma honra eu diria. Mas antes de tudo estou fazendo isso por mim e pra mim (tá bom, um pouquinho pra você também, seja lá quem for).

Agora sem mais enrolação vamos ao som do dia, e mexam esses traseiros gordos!

Um forte Abraço, Nicholas – 98.